15 de jan. de 2009

daniel.


Agora entendo porque todo poeta é triste. Felicidade é o que todo mundo busca, mas é mesmo a tristeza que inspira. Inspiração nos amores perdidos, nos dias passados, nas chances roubadas, nos corações partidos. Não queria aqui deixar palavras pesadas. De pesada basta a carga que ás vezes a gente é obrigado a carregar. Mas a tarde que tive ontem realmente me inspirou. Jamais vou conseguir traduzir em palavras a força de algo que parece maior que o peito. Deixo isso para os poetas. Mas o certo é que há anos não sentia nada com tanta intensidade. E foi revirando as gavetas que eu voltei no tempo e vi dez anos parecerem dez minutos. Reli, relembrei e revivi. Intensamente. Tive vontade de voltar no tempo, fazer diferente. A verdade estava ali, batendo na minha cara e eu não vi. Poderia mesmo ter sido diferente. Tenho saudade das coisas que ele não viveu e mesmo com a tristeza embaçando a minha vista, tento enxergar tudo o que ele não pôde. E ele tinha que ter visto! A gente ainda tinha muito que aprender. Ás vezes a vida não é justa.

Agora, mais que nunca, eu quero mais de mim. Mais verdade, mais serenidade, mas clareza. Deixar feliz quem me faz bem. E esperar que a vida me sorria com gratidão. Mas ás vezes a vida não é justa.

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