Certa vez um médico foi massacrado após declarar em um programa de reality show que “quanto mais conhecia os homens, mais gostava do seu cachorro”. Na época fui com a maioria (que conveniente...) e julguei a declaração um absurdo dado “o grau de instrução” do doutor. Só que outro dia, olhando pra minha cadela pensei na tal afirmativa e vi que ela não é de todo equivocada. Eu que costumo a acreditar na bondade alheia já fiquei de queixo caído inúmeras vezes. As pessoas, até mesmo aquelas nas quais você deposita confiança por demais, podem te fazer perder o chão. Quanto a minha cadela... bem... a minha cadela é mesmo uma fofa. Confia em mim, me ama... Incondicionalmente. Aguenta meu mau humor e minhas lamúrias. E mesmo após eu, injustamente, descontar o meu dia ruim em cima de seu inocente corpo peludo, me olha com olhar lânguido e balança o rabo. Não me julga, não me critica. Simplesmente me aceita. E nunca, nunca me trai. Como não amar um serzinho assim? Seria pecado dizer que tenho mais apreço pela minha cadela do que por fulano ou sicrano? Egoísmo, talvez. Mas dadas as estatísticas, eu acho que não. Não espero que ninguém balance o rabo pra mim, muito menos que dê a pata concordando com tudo que eu diga. Eu acredito nas pessoas; em pelo menos meia dúzia delas. Mas não há como discordar do jargão: o cão é o melhor amigo do homem. E minha cadela não foge a regra.
12 de jan. de 2009
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